segunda-feira, março 07, 2011

A fama do Zé - dia 2

O Zé acorda e olha pela janela... um verdadeira caos... cidade virada do avesso... Tunisia? Egipto? Líbia?... naaa era mesmo Cuba. E para começar bem o dia nada melhor que o caos instalado à volta. Depois de uma primeira noite extraordinária, agora só faltava o cenário de guerra. Nada que assustasse o Zé. Manda-se vir o elevador, sai-se na recepção e o primeiro momento apetitoso do dia... pequeno-almoço à lorde, mas sem antes recusar a extraordinária "oferta" de um guia pela cidade por apenas 10 CUC... para ver o tipíco e o turístico... porque o papel só traz turístico ou não... é tudo uma questão de perspectiva. Pequeno almoço de lorde, deu pra encher a barriguinha até final da tarde, pelo meio apenas um belo dum gelado. Saída do Hotel, direccção Havana velha... e começa a aventura. Sem guia, sem medo e apenas com um mapa na mão seguiu-se um dia de caminhada. Praça das armas, praça do "Che", Malécon, Catedral, pelo meio vários museus... e o momento alto da tarde... visita à fábrica do "Ron de Cuba" de Havana Club. Un mojito aquí, un mojito ahí y mucha fiesta con musica al vivo... y todo por 5 CUC... casi imposible, pero és verdad. E assim foi... Havana Club uma bela experiência, mas semelhante a outras... para um Zé que já tenha estado numa destilaria de Whisky não há grandes novidades... nem sequer nos barris... que iniciaram a sua longa viajem desde Portugal e Espanha, passando por Estados Unidos e Canadá, até chegarem a Cuba (apenas comprados aos Canadianos como é óbvio). O Zé feliz da vida já com o Ron na barriga segue para o Hotel para se pôr todo pomposo para a noite na Bodeguita del Médio... la famosa casa donde se ha inventado el "Mojito" y frequentada muchas vezes por Ernest Hemingway. Janta na Bodeguita... com muito Mojito à mistura... mais uns cantares... e a comida muito agradável. Contrariamente ao primeiro dia, tudo estava perfeito... até a "beleza" da cidade... muito suja, bem velhinha e com muita muita pobreza... a contrastar com o ambiente vivido na rua... tinha sem dúvida algo de brilhante.
Depois duns canecos seguiu-se a casa da música, com espectáculo ao vivo... muito bem regado ao sabor do "Ron" e acompanhado dum belo charuto Cubano, obtido na fábrica de charutos. O fumo inunda as narinas das felinas presentes na sala e por momentos causa um sabor estranho no ar, que atrai todas as que esperam a linguiça do Zé. Nada de precipitações... o espectáculo segue tranquilo e a noite torna-se memorável, pois a experiência de Cuba estava finalmente a revelar a sua essência.

domingo, março 06, 2011

A fama do Zé - dia 1

Cuba foi o destino escolhido - aeroporto de Havana... tudo às moscas... 9 da noite... não se passa nada senão o desembarque de 300 pessoas... vinha o tuga, o espanhol e a tripulação... tudo à molhada para descer do avião e subir a escada para a manga de desembarque... capítulo já lido, filme já visto e revisto, mas só nos subdesenvolvidos... isto tudo para andar 10 metros.
Passa-se a segurança... malas já desembarcadas e prontas para seguir em frente... ou não... faltava o Zé ir à alfândega... declarar nada... perder tempo (mas não dinheiro... pra começar não estava mal, talvez meio mal... ou até nada mal fora o facto da mala já estar lixada). Segue-se o autocarro... 10 Euros ficaram "no carregamento das malas" ou não estivessemos em Havana... segue-se então o momento da resposta mais elaborada do mundo... "Epá, sim, mas não!!!"... fds!!! "Epá, sim, mas não????" Quem é que diz "Epá, sim, mas não??" O Zé, quem mais poderia ser? Passa-se meia hora de autocarro e "aterra-se" em Havana velha... aterrar é mesmo o termo... segue-se o Hotel... onde até a minha bisavó estava na moda... mas segue em frente, o Zé não liga ao aspecto da fruta quer é comer e sim... fome não faltava, depois de repetir o almoço no avião e só ter havido uma sandes de chourição... para 10 horas de voo mais autocarro... o Zé queria era encher o pandulho... mas não!!... O que se seguiu foi a escolha entre dois menus exóticos... pizza ou berbigão? Hummm é de desconfiar... o preço era absurdo, mas o Zé preferiu o mais caro... Pizza, por incrível que pareça!! Nessa noite o Zé estava cansado e depois de meter a Pizza no bucho, estava mesmo a apetecer a cama... e lá foi o Zé dormila... Não sem antes negociar a charutada com o Ché do Hotel... o que nem serviu de muito, visto que a noite estava acabada.
E o Zé fartou-se de roncar... não dormia há 48 horas... não estava mal, só cheirava a cavalo! e banhoca? Talvez sim, mas não!!!