terça-feira, fevereiro 13, 2007

Rascunho V1.1

Penso que um ponto ponto de partida para atingir com sucesso este ambicioso objectivo que o colega pretende atingir é a definição de qualidade feita pelo Homo Sapiens de sexo masculino, ou seja, o gajo.
Isto é extremamente pertinente, pois sem compreendermos as escalas de classificação é-nos impossível efectuar uma análise relevante do problema exposto.

Em primeiro lugar devemos fazer uma retrospectiva histórica sobre o conceito de qualidade no que toca às fémeas da espécie humana.
Num passado longínquo tínhamos a noção que as fémeas não teriam de ter grandes atributos senão umas ancas largas para poder parir. Daí o diálogo típico dos filmes históricos:
- "Eh Zé, e como é a gaja?"
- "Epah, tem umas ancas largas, vou ter 20 filhos para pôr a trabalhar no campo, vai ser uma moca!!"

Num passado já mais recente houve aquela ideia da "gordura é formosura" em que haviam diálogos do estilo:
- "Eh Zé, e como é a gaja?"
- "Epah, são toneladas e toneladas de prazer!!!"

Mais recentemente podemos observar o fenómeno de modelos a serem impedidas de pisar a passerelle por terem peso a menos, pois observou-se uma tendência para um gosto por uma magreza extrema. Sem qualquer comentário:
- "Eh Zé, e como é a gaja?"
- "Epah, até se ouvem os ossos a estalar!!!"

Portanto analisando bem, o problema é que as tendências ao longo deste tempo foram sempre de encontro aos extremos. Isto leva-nos a concluir que o problema é que o macho não tem a educação necessária. Como qualquer nutricionista nos diria, o segredo está numa dieta equilibrada. Tudo q.b..

Encontrámos então o nosso primeiro problema. Falta-nos então analisar a granularidade da escala adoptada.
Até há bem pouco tempo, a escala era composta por dois valores: Boa e camafeu. Isto, como é de prever, pode causar uma série de ambiguidades, pois não providencia uma forma objectiva de classificação. Existe então uma necessidade de decompôr esta escala primitiva numa mais elaborada.

Para uma primeira aproximação eu sugiro a seguinte escala baseada na escada da natureza de Aristóteles:





Deixo à reflexão de cada um o verdadeiro significado de cada elemento da escala. Só pretendo elaborar mais sobre o último, "Simpática". Este merece alguma análise pois a ideia não é desvalorizar as fémeas simpáticas, pois seguindo o teorema da dieta equilibrada, de nada nos serve uma fémea "Helicóptero" se depois não for simpática e inteligente (se bem que não nos podemos dar ao luxo de ser extremamente exigentes). Para se compreender o significado da "Simpática no fundo da escala" remeto a um exemplo típico:

- "Eh Zé, a gaja era boa?"

- "Epah, era simpática..."

No comments...

Espero que esta informação ajude à nossa investigação científica. Um dia ainda vamos ganhar um Nobel por causa deste estudo...

4 comentários:

Bicho do Mato disse...

Ámen! Saúdo o meu ilustre colega! é sempre importante acrescentarmos contribuições para a ciência!
Neste caso, a inclusão de uma escala parece-me uma ideia salutar, q pode inclusive promover uma certa e saudável competição entre as fêmeas, com o intuíto de se aprimorarem, e aí subirem na escala!

mas o aristóteles, como qualquer grego da altura, era um paneleiro debochado...

Piss!!!

K disse...

Caro colega, congratulo-o desde já pela sua clareza de espírito e pragmatismo. Penso que seria excelente fazer uso da escala para promover a dita competição saudável entre as fémeas. No entanto penso que esta escala não é adquada para esse propósito, visto que a única forma de evoluir nesta escala é recorrer a intervenções plásticas. Daí que surja a necessidade de uma escala aumentada ou até de uma escala complementar que retrate não só as qualidades físicas como psicológicas e comportamentais das fémeas. Este é um projecto ambicioso e de complexidade extrema. No entanto, pensando no bem da sociedade, penso que é o nosso dever prosseguir com este estudo e mostrar ao mundo os seus resultados.

Para tal proponho que este trabalho seja promovido a tese e que chamemos a colaborar vários outros membros eruditos, peritos na matéria. Teremos de efectuar estudos intensivos, passar por momentos desagradáveis, efectuar questionários com alto potencial de degenerar em violência física, etc. Contudo, penso que os benefícios para a sociedade compensam os perigos que teremos de enfrentar.

Que lhe parece?

Bicho do Mato disse...

Magnífica ideia! O Dever cívico combinado com uma busca exaustiva e quissá introspectiva, adicionando ainda umas boas doses de adrenalina, tudo regulado por um método científico aprimorado, prometem resultados! A bem do Mundo!
Invoquemos então os nossos excelsos companheiros para tão ardúa mas compensadora tarefa!
Ao Trabalho! Tenho dito!

Piss!

K disse...

Esqueci-me ainda de referir que haverão algumas insurreições que tentarão por fim à nossa gloriosa investigação. Tratam-se de mentalidades fechadas, que procuram manter o nosso conhecimento na idade das trevas.
São estes indivíduos que devem ser educados de forma a alargar os seus horizontes e lhes permitir ver o mundo de uma nova perspectiva.

Para esses indivíduos apenas vos posso dizer uma coisa neste momento. VMPP!